sábado, 26 de setembro de 2009

Direto na cabeça... Mexendo com nossas cabeças.

O assunto da semana foi sem dúvida a morte do assaltante no Rio de Janeiro que ameaçava a refém com uma granada.
Confesso que dá uma sensação estranha pensar sobre isso.
Não que eu ache que o policial que atirou tenha tomado uma atitude errada. Afinal, se a granada explodisse, a refém, policiais, o bandido e pessoas que estivessem próximas acabariam morrendo. Era uma situação de grave perigo para muitos.
O policial de elite também não tinha escolha entre matar ou ferir o assaltante. Se apenas o ferisse, haveria o risco deste ainda ter forças para tirar o pino da granada.
É aí que vem a sensação estranha. Chegamos a um ponto na violência neste país que não há outra alternativa para preservar a segurança do cidadão de bem, senão o extermínio do criminoso. É duro para um cristão, ainda mais um espírita como eu, admitir que essa era a única solução.
Somos levados pelas religiões (ao menos, pela maioria delas) a crer que matar sob qualquer circunstância é pecado. Tá lá nos Dez Mandamentos. Para ser mais preciso, o mandamento número cinco: Não Matarás.
Será que o policial de elite pecou ao deflagrar o tiro?
Será que pecamos ao nos sentirmos aliviados porque o bandido levou um tiro certeiro na cabeça?
O policial de elite cometeria um pecado maior se não atirasse e a granada explodisse matando e ferindo várias pessoas?
Uma coisa é certa: há momentos em que acontecimentos inesperados fazem brotar dezenas de dúvidas em relação às nossas crenças religiosas. No final, na maioria das vezes, acabamos seguindo com nossas vidas e nossas crenças... ainda que uma sombra de dúvida sempre nos acompanhe.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Trabalho

Hoje finalizei a minha participação como professor em duas turmas de qualificação profissional da SERT (Secretaria de Estado das Relações do Trabalho) em parceria com o Senac.
Agora aguardo o início das próximas turmas.
Minha avaliação dessa atividade é muito boa. É prazeroso poder trabalhar em um projeto social. E como já passei por situações de ficar desempregado, participar de uma ação que tem por objetivo capacitar pessoas para auxiliá-las a conseguir empregos, é muito gratificante.
Mais gratificante ainda é ouvir o feed-back dos meus alunos, dizendo que gostaram muito de mim como professor. Uma das classes chegou a dizer que vai fazer um abaixo-assinado e entregar ao Senac para que eu dê mais aulas a eles. rss.
Fico muito agradecido com esses depoimentos dos alunos. Embora eu saiba que isso não é garantia de estabilidade no emprego.
Aprendi isso a duras penas. Afinal no meu emprego anterior sempre fui muito elogiado tanto pelos meus colegas de trabalho, quanto por clientes. Mas isso não foi suficiente para ser demitido sem nenhum motivo.
Enfim, o negócio é estar sempre atento para outras oportunidades e não deixar elas passarem quando aparecerem. Lógico, isso também é um risco. Um grande amigo meu deixou o emprego que tinha por um novo em outra empresa e pouco tempo depois foi demitido porque esta empresa desistiu de investir no setor no qual ele trabalharia. E ele não conseguiu voltar para o emprego anterior, pois já tinham colocado outro no lugar dele.
Acredito que esses momentos de dificuldade são fases nas quais infelizmente temos que passar. O importante é não perder a fé e a disposição de continuar a procurar outras oportunidades de trabalho. Uma hora aparece algo melhor do que tínhamos antes.

sábado, 19 de setembro de 2009

The King & Queen of America

Numa semana que vimos Barack Obama sofrer para tentar aprovar mudanças no Sistema de Saúde dos EUA, deparamo-nos também com um "flash-back" da Guerra Fria através dos planos de instalação de mísseis americanos no Leste Europeu e os russos ameçando retaliar com o aumento do número de mísseis na sua fronteira.
Enquanto isso, Michelle Obama é notícia como uma das mais bem vestidas do mundo.
Enfim, o casal Obama continua a aparecer com freqüência na mídia, seja em temas políticos e em assuntos mais frívolos. Tentam passar a imagem de nova "realeza" da América, substituta da "famíla real" anterior, os Kennedys.
Isso me fez recordar de um video-clipe da dupla inglesa Eurythmics, de 1989.
A música não fez muito sucesso na época, mas o vídeo é sensacional ao ironizar diversos ícones da cultura norte-americana.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Bingo

Acho que vou ficar maluco tentando entender a linha de pensamento de nossos políticos.
Bingo e video-bingo legalizados?
O que essa nova lei tem de rigorosa em relação à antiga lei que havia liberado os bingos no país?
Agora não vai ter mais lavagem de dinheiro?
E falando em dinheiro, antes os bingos tinham que estar ligados a alguma atividade esportiva (algo que a maioria nunca fez). E agora, como vai ser?
Não que eu seja totalmente contra a liberação dos jogos no Brasil. Se um dia for pra Las Vegas ou Monte Carlo, com certeza vou me arriscar nas máquinas caça-níqueis e quem sabe até experimentar jogar na roleta.
Mas se é pra regulamentar, melhor fazer a coisa corretamente.
O que não é fácil.
Afinal se nesse país até o dinheiro das jogatinas do governo é desviado (lembram do Deputado João Alves?), imagina o que os empresários de jogos de azar farão com o dinheiro deles.

sábado, 12 de setembro de 2009

Duro de ouvir

Como vários outros atores e atrizes internacionais (Cheryl Ladd, Lynda Carter, Don Johnson, Kevin Bacon, Keanu Reeves, Russel Crowe, Juliette Lewis e Scarlett Johansson, só para citar de exemplo), Bruce Willis também tentou investir na carreira de cantor nos anos 80. Época que fazia sucesso na TV com A Gata e O Rato e no cinema com Duro de Matar.
Lançou um album, The Return of Bruno, com direito a video-clipe da canção Respect Yourself. A música conta com a participação de uma das Pointer Sisters (trio vocal de sucesso nos anos 80) e tem um refrão que lembra muito Express Yourself, de Madonna.
E assim como os vários atores e atrizes citados acima, Willis sabiamente percebeu que era melhor se concetrar somente na carreira de ator e deixar a música de lado.
Pra quem não conhece, segue o video de Respect Yourself.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Meia-idade cibernética

Como a maioria das pessoas, fiquei bastante pensativo quando fiz 40 anos.
Mas foi interessante ver nos últimos meses, que vários acontecimentos também completaram quatro décadas esse ano.
Depois do álbum Abbey Road (Beatles), do pouso do homem na lua e de Woodstock, dessa vez é a internet que completa quarentinha neste mês de setembro, conforme noticiou o caderno de Informática da Folha de São Paulo.
Embora o protocolo TCP/IP só tenha surgido em 1983 e a World Wide Web em 1990, foi em 1969 que entrou em teste a Arpanet, rede que conectou a Ucla (Universidade da Califórnia, em Los Angeles) ao Stanford Research Institute, também na Califórnia.
Contudo, foi só nos anos 1990 que a internet, como conhecemos hoje, começou a se expandir e fazer sucesso. Por isso é estranho pensarmos na rede como uma senhora de meia-idade.
Mas deixemos um pouco a pré-história da internet e pensemos mais no passado recente. É impressionante ver que, apesar de ter invadido nossas vidas há pouco mais de uma década, bastante coisa mudou.
Quem se lembra do Netscape (primeiro navegador comercial)? Surgido numa época em que Bill Gates nem sonhava em criar o Internet Explorer porque achava que a Web não daria certo.
Alguém se lembra do portal NutecNet? E do ZAZ? Estes foram os nomes do portal que hoje conhecemos como Terra (que adotou esse nome após ser comprado pela Telefônica).
Você baixou música pelo Napster? Eu baixei várias, as quais tenho até hoje e que agora compartilho pelo E-mule, uTorrent... Claro que antes disso usei muito o WinMX, um programa de compartilhamento que fez sucesso estrondoso, que se foi devido a processos judiciais envolvendo direitos autorais.
E antes de realizar buscas pelo Google e pelo Yahoo, provavelmente você usou o brasileiro Cadê? ou gringo AltaVista.
A AmericaOnLine (AOL), parte do grupo Time-Warner, passou pelo Brasil feito um meteoro. O que pode servir de lembrete ao Facebook que nem tudo que é sucesso lá fora fará sucesso também em terras tupiniquins.
Mas na internet tudo é imprevisível. A primeira vez que ouvi falar do MSN achei que jamais ele superaria o ICQ, tão usado por milhares de internautas brasileiros há uns dez anos.
E isso faz a gente pensar: será que ainda teremos Twitter no futuro? Orkut, Facebook, MySpace e afins, serão substituídos por uma nova rede social?
O Bing fará mais sucesso que o Google?
Última pergunta: você está lendo esse blog no Internet Explorer, no Firefox ou no Google Chrome?

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Manhãs de Setembro

"Há males que vem para o bem".
É uma frase batida, mas que em certas ocasiões faz muito sentido. No caso da cantora Vanusa, parece ter sido exatamente o que aconteceu.
Coloquei no post anterior o vídeo em que a cantora desafina e erra o Hino Nacional. Vídeo campeão de visualizões no You Tube, supercomentado por vários blogs, twitter e imprensa falada e escrita (além de sofrer gozações dos programas CQC e Pânico na TV).
Para quem achou que depois dessa, a carreira de Vanusa (que andava mais desaparecida da mídia que o Belchior) estava acabada de vez... Supresa! A mãe de Rafael Vannucci e Aretha revelou que sua agenda lotou após o sucesso do vídeo. Seu telefone, segundo ela, não para de tocar com convites para cantar.
É possível que esses convites tenham surgido pelo fato de Vanusa ter mantido o bom-humor com a história (embora tenha ameçado processar quem afirmou que ela estava bêbada).
Sua reação foi bem diferente da de outra loira famosa, que mandou centenas de leitores de seu twitter à merda, porque não gostou dos comentários feitos sobre um erro de gramática feito por sua filha.
E aí lembramos de outra loira, Ana Maria Braga, que dias atrás confundiu "flora" com "fauna". Ela também não deu importância a (mais) este erro cometido ao vivo e os comentários logo desapareceram.
Torço para que a Vanusa aproveite esse momento e consiga retomar sua carreira.
Mas que esqueça de vez o Hino Nacional e concentre seu repertório nos hits "Manhãs de Setembro" (que, confesso, acho uma das mais lindas canções dos anos 70 e que muito me faz lembrar de meu tempo de criança) e "Paralelas" (do reencontrado Belchior).