terça-feira, 28 de julho de 2009

Agora sim, tela de cinema!


Vem aí a Philips Cinema 21X9.
O caderno Link, do Estadão, testou a nova tv de LCD que por enquanto não tem data de lançamento previsto para o Brasil.
O grande destaque é o formato da tela. Enquanto às atuais LCD e Plasma possuem o formato 16X9, o novo lançamento da Philips apresenta o mesmo formato 21x9 do Cinemascope (ou Panavision, como é conhecido atualmente) no qual grande parte dos filmes de Hollywood são filmados.
Ou seja, é o fim das barras negras nas partes superior e inferior.
Evidentemente, os filmes, shows e programas de TV digital produzidos em 16x9 aparecerão ligeiramente distorcidos ou com barras negras laterais nesse novo aparelho. Esticar os vídeos em formato 4x3 então, nem pensar.
É uma TV para quem curte cinema mesmo, com resolução de 2560 linhas e taxa de varredura de tela de 240Hz (o que garante uma excelente resolução de imagem) e taxa de atualização de 1 milissegundo.
O aparelho ainda possui o sistema de iluminação Ambilight presente em vários televisores LCD da Philips. Além das laterais da tela, a parte de cima também conta com um sistema de iluminação por LEDs que mimetiza as condições de cor e luz da imagem.
Agora, resta-nos esperar a chegada dessa novidade tecnológica que, certamente, terá um preço extremamente salgado, para a tristeza da maioria de nós.

sábado, 25 de julho de 2009

1969

É interessante pensar que eu nasci no mesmo ano em que outros eventos significativos aconteceram, como a chegada do homem à Lua e o festival de Woodstock.
Também foi o ano em que os Beatles lançaram Abbey Road, com a famosa foto dos quatro atravessando a rua londrina de mesmo nome e que também batizou o estúdio dos quatro rapazes de Liverpool.
Apesar de ter sido o penúltimo álbum lançado pela banda, foi o último a ser gravado. As canções de Let It Be, último disco lançado pelos Beatles, foram gravadas meses antes.
Muitos consideram este o melhor álbum do grupo. De fato, é um excelente disco mas não acho o melhor. Prefiro Rubber Soul (1965) e o clássico Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967).
Mas Abbey Road é um álbum que me marcou pois foi um dos dois que tínhamos aqui em casa (o outro era Help!), até que eu comprasse o restante dos álbuns no início dos anos 1990.
Eu costumava a ouvi-lo muito raramente na infância, nos anos 70, época em que eu não era muito fã do quarteto britânico. Apenas gostava de algumas músicas deles, principalmente Hey Jude (com seu interminável "na-na-na-naaaa...") que eu ouvia num compacto que minha tia tinha. Lembro ainda de ter assistido Help! várias vezes na Sessão da Tarde. Fora isso não sabia mais nenhuma informação sobre o grupo. Eu achava, por exemplo, que Lucy In The Sky With Diamonds era uma música feita pelo Elton John, e não um cover dos Beatles. Please Mr. Postman, pra mim, tinha sido gravada apenas pelos Carpenters. Foi ouvir a versão dos Bealtles muitos anos depois. Da mesma maneira, ouvi Dear Prudence primeiramente com Siouxsie and The Banshees nos anos 80, antes de ouvir a versão original.
Ainda nos tempos de criança, quando minha mãe (que comprou os dois álbuns que tínhamos) adorava ouvir os Beatles, eu, por outro lado, mal lembrava de seus nomes e achava estranho o visual hippie, com cabelos e barbas longas, que eles adotaram nos últimos anos de existência da banda. Também não entendia por que eram chamados de "quatro cabeludos" no início de carreira, quando usavam aquele cabelo "cambuquinha". Cabeludos eles tinha ficado no final da carreira! Muito tempo depois fiquei sabendo que até o início dos anos 60 os homens usavam cabelos bem curtinhos, tipo exército. Homem com cabelo um pouco mais comprido já era visto com desconfiança quanto à sua sexualidade.
Não me lembro bem porquê, mas no final dos anos 80 que eu comecei a me interessar mais pelos Beatles, tornando-me um grande fã. Na época fazia faculdade em São Paulo, não tinha muito dinheiro, mas juntava o pouco que tinha para ir comprar os LP's nas lojas do centro da cidade, pois a única loja de disco que tinha no bairro em que eu morava só vendia CD's (aparelho que ainda não tínhamos em casa). Eu pegava um ônibus até a Praça da República para ir em lojas como Brenno Rossi e Bruno Blois (que não existem mais) comprar os discos. Não era difícil achar, pois haviam sido relançados anos antes remasterizados (em LP e CD).
Em pouco tempo tinha a discografia completa. Tornei me fã do grupo. Comecei a fuçar informações sobre eles, aluguei (e copiei) os VHS de Help! e Submarino Amarelo.
Hoje não sou um fã ardoroso, mas ainda tenho muito carinho pelo grupo. Minha frustração é nunca ter assistido Magical Mistery Tour.
Os Reis do Ié-Ié-Ié (A Hard Day's Night)
assisti ano passado, no Telecine.
Mas voltando a Abbey Road, assunto original desse post, quem ainda não conhece vale a pena ouvir. Os maiores destaques do LP, no entanto, não são as músicas assinadas por Lennon/MacCartney. E sim Something e Here Comes The Sun, de George Harrison (que graças a Deus tinha dado um tempo com aquelas músicas indianas).
Outra curiosidade é Her Majesty, que é uma espécie de bonus-track meio que escondida no álbum. Nem foi creditada na contra-capa da edição original em vinil. É a última música do lado B, que só começa depois de um longo silêncio após o final da música anterior. O espaço é tão longo que dá a impressão que o disco já terminou. Ainda por cima, Her Majesty dura apenas 23 segundos. É tocada apenas com um violão e cantada em um tom bem baixo por Paul MacCartney. Foi criada por Paul após os Beatles terem recebido os títulos de Membros do Império Britânico das mãos de Elizabeth II, em 1965. Segue a tradução:

Her Majesty / Sua Majestade
(Lennon-MacCartney)

Sua majestade é uma garota linda e legal
Mas ela não tem muito a dizer
Sua majestade é uma garota linda e legal
Mas ela muda de um dia para o outro
Eu quero contar para ela que eu a amo muito
Mas é preciso me encher de vinho
Sua majestade é uma garota linda e legal
Algum dia eu a tornarei minha
Oh, yeah, Algum dia eu a tornarei minha

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Da Vinci com café

Imagem da famosa Monalisa, de Leonardo da Vinci, recriada em 3.604 xícaras de café.
Para conseguir as variedades de tonalidade, as xícaras receberam diferentes quantidades de leite.
A recriação da pintura foi feita para o 12º Festival Aroma Rocks, de Sidney (Austrália), que acontece domingo, 19/07.


(Foto: AP)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Expô - 50 anos

Começou na quarta-feira, 08/07, a quinquagésima edição da Exposição Agropecuária de Araçatuba.
De cara, já chama a atenção o fato de os organizadores não estarem explorando o meio século de existência da feira. E olhe que a empresa que a organiza é ligada a uma agência de propaganda.
Nenhum selo comemorativo foi criado, assim como nenhuma ação específica está acontecendo relacionado à data. A campanha de divulgação, especialmente na TV, é uma das mais fracas dos últimos anos. Fraca também é a programação de shows. Ainda mais se compararmos com a edição do ano passado que teve estrelas do porte de Ivete Sangalo e Cláudia Leite.
Mas nem por isso os preços dos ingressos tiveram uma queda brusca. Óbvio, não há nenhum dia com ingressos a R$ 25,00 como no ano passado nos shows das duas cantoras baianas. Mas com valores em média de R$ 18,00, ainda está muito caro para os bolsos da maioria dos araçatubenses e turistas que costumam vir de várias regiões, até mesmo de outros estados. Lembrando que fora o ingresso, os visitantes tem que pagar pelo estacionamento, além de outras despesas que poderão ter dentro do Recinto de Exposições, como alimentação e parque de diversões.
Quem esperava uma queda maior nos preços este ano, principalmente ante à queda de público evidenciada na edição de 2008, acabou se decepcionando.
É possível sentir na cidade um certo desinteresse por sua festa mais tradicional. E isso parece estar acontecendo também com os turistas. A Pantanal, única empresa aérea que opera na cidade (um assunto para um próximo blog), declarou hoje em um jornal local que pela primeira vez em muitos anos os vôos entre Araçatuba e São Paulo não estão com lotação total.
Ainda não há informações sobre as vagas em hotéis (que nos anos anteriores lotavam meses antes, obrigando os desavisados a se hospedarem em hotéis de outras cidades, inclusive em municípios distantes como Lins, que está a 100Km de Araçatuba).
A diminuição do público e suas causas é uma situação que a Organizadora e o Sindicato Rural terão que analisar para o ano que vem.
Mas é bom ver que apesar dessa certa pasmaceira, a Expô ainda consegue manter tradições que encantam a muitos. Como a tradicional cavalgada de tropeiros, que aconteceu hoje (09/07) de manhã. Centenas de peões, cavaleiros e amazonas saíram de um posto de combustíveis localizado na Rodovia Marechal Rondon e seguiram em "comitiva" pelas principais ruas e avenidas da cidade em direção ao Recinto "Clibas de Almeida Prado", onde acontece a Expô, para participar da "Queima do Alho". Foi um belo desfile de carros-de-boi, éguas e cavalos, muitos deles carregados de acessórios e penduricalhos de fazer inveja aos balangandãs de Carmen Miranda.
Pessoas saíram de suas casas, principalmente crianças, para verem a parada de animais e seus hábeis condutores vestidos à caráter. Com o sol forte, muitos "cowboys" e "cowgirls" refrescavam-se com latinhas de cerveja (algumas, inclusive, de marca diferente da patrocinadora do evento), o que gerou algumas comentários maliciosos do público, que gritavam para os condutores dos cavalos o slogan da lei seca: "se beber, não dirija"!
Alguns peões preferiram mostravam suas habilidades com o chicote, fazendo-os estalar no asfalto e soltando faíscas de suas pontas de metal. Tudo para o encanto do público que registrava com seus celulares e máquinas fotográficas digitais.
Mas nem tudo foi festa. Apesar do feriado e da divulgação da cavalgada na mídia, muitos motoristas foram pegos de surpresa e tiveram que aguardar bastante tempo pela passagem da comitiva. Na esquina que eu estava, alguns motoristas e, principalmente, motociclistas aproveitavam uma brecha no desfile para cruzar rapidamente a rua.
No entanto, nem todos tiveram sorte. Um senhor muito bem vestido dentro de seu Citroën preto metálico, mostrava estar no limite da paciência. Gesticulava com os braços e vociferava palavras que não pude escutar, mas que imaginava quais seriam. Ao seu lado, sua esposa igualmente bem vestida olhava espantada o interminável desfile que se desenrolava a sua frente. Já bastante alterado, seu marido resolveu disparar a potente buzina do seu Citroën. Alguns outros motoristas que estavam atrás também resolveram começar a buzinar. Uma medida perigosa, pois o barulho poderia assustar os animais provocando um estouro que poderia ferir quem estava assistindo na calçada, ou machucar muitas das crianças que participavam do desfile junto aos pais.
Vendo que o buzinaço não fazia efeito, o senhor do Citroën partiu para outra medida mais drástica. Começou a acelerar seu automóvel e avançar aos poucos, ameçando abrir caminho a força. Vaias para sua atitude pipocaram tanto entre os participantes da cavalgada, quanto das pessoas que assistiam na calçada. Mas ele insistia e continuava a avançar. Só se deteve quando um peão posicionou seu cavalo ante o carro, pedindo sorrindo e educamente que aguardasse o final do desfile. O sorriso do cowboy não comoveu o senhor do Citroën que voltou a gritar e gesticular.
Só parou quando, finalmente, um guarda-civil tomou o lugar do cowboy parando sua moto em frente ao automóvel. Resignado, o senhor do Citroën aquietou-se e acabou aguardando o final do desfile que terminou minutos depois. Rua liberada, saiu cantando pneus provavelmente xingando a todos enquanto dirigia-se ao seu destino.
Mal sabe ele que ainda terá mais um motivo para ficar nervoso.
Na ânsia de atravessar com seu carro, o senhor do Citroën parou sobre a faixa de pedestre e o radar da esquina disparou seu flash registrando a infração.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Jackson Five

Não se trata de nenhum video-clipe com Michael Jackson e seus irmãos.
Jackson Five é um personagem interpretado por Marco Luque, do CQC.
Aqui numa apresentação no Programa do Jô, em 2007.

Saudades da Irmã Selma

Assisti a apresentação da Irmã Selma em 2002, em Birigui.
Foi hilário! Adoraria assitir de novo.
Pra quem não conhece, segue uma amostra tirada do Terça Insana.
Uma dúvida: será que com a nova lei anti-fumo esse esquete ainda poderia ser feito num lugar fechado com o cigarro aceso?

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Guerra ao mosquito

As chuvas dos últimos dias na cidade, apesar de poucas, já começam a mostrar suas conseqüências.
Ontem de manhã tive que acordar cedinho, tomar café e trocar de roupa rapidamente porque a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) estava detetizando o quarteirão e já estava chegando na minha casa. Motivo: um foco de larvas de Aedes Aegypti foi encontrado numa das residências próximas.
O que mais me incomoda nisso é que faz mais de 20 anos que existe esse trabalho de combate ao mosquito da Dengue e mesmo assim ainda há muita gente descuidada que mantêm recipientes que acumulam água parada.
É isso mesmo, mais de 20 anos!
Na maior parte do país o combate ao mosquito começou na segunda metade dos anos 1990 com o surgimento de casos no Rio de Janeiro. Mas aqui em Araçatuba e muitos municípios do interior do estado de São Paulo, o combate ao Aedes Aepypti vem desde os anos 80.
Na época, no entanto, não se falava em dengue. O medo era da febre amarela, pois havia surgido casos da doença no Centro-Oeste do país e temia-se que caminhoneiros e viajantes vindos daquela região disseminassem a doença por aqui.
Foi feita, inclusive, várias campanhas de vacinação. Mas como a vacina não é obrigatória, a Sucen resolveu investir num combate forte contra o mosquito. Era o tempo em que o fumacê (caminhonete que andava pelas ruas soltando um jato de inseticida), deixava um odor de goiaba por toda cidade. O cheiro de goiaba ainda é característico do inseticida contra o Aedes até hoje.
Estou vacinado contra a febre-amarela, mas peguei dengue tipo 1 em 2007. O que quer dizer que se for infectado novamente, posso contrair a perigosa dengue hemorrágica.
Se depender dos meus vizinhos, infelizmente o risco de eu contrair a doença é grande.
Tomara que eles tomem jeito.