quinta-feira, 2 de julho de 2009

Guerra ao mosquito

As chuvas dos últimos dias na cidade, apesar de poucas, já começam a mostrar suas conseqüências.
Ontem de manhã tive que acordar cedinho, tomar café e trocar de roupa rapidamente porque a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) estava detetizando o quarteirão e já estava chegando na minha casa. Motivo: um foco de larvas de Aedes Aegypti foi encontrado numa das residências próximas.
O que mais me incomoda nisso é que faz mais de 20 anos que existe esse trabalho de combate ao mosquito da Dengue e mesmo assim ainda há muita gente descuidada que mantêm recipientes que acumulam água parada.
É isso mesmo, mais de 20 anos!
Na maior parte do país o combate ao mosquito começou na segunda metade dos anos 1990 com o surgimento de casos no Rio de Janeiro. Mas aqui em Araçatuba e muitos municípios do interior do estado de São Paulo, o combate ao Aedes Aepypti vem desde os anos 80.
Na época, no entanto, não se falava em dengue. O medo era da febre amarela, pois havia surgido casos da doença no Centro-Oeste do país e temia-se que caminhoneiros e viajantes vindos daquela região disseminassem a doença por aqui.
Foi feita, inclusive, várias campanhas de vacinação. Mas como a vacina não é obrigatória, a Sucen resolveu investir num combate forte contra o mosquito. Era o tempo em que o fumacê (caminhonete que andava pelas ruas soltando um jato de inseticida), deixava um odor de goiaba por toda cidade. O cheiro de goiaba ainda é característico do inseticida contra o Aedes até hoje.
Estou vacinado contra a febre-amarela, mas peguei dengue tipo 1 em 2007. O que quer dizer que se for infectado novamente, posso contrair a perigosa dengue hemorrágica.
Se depender dos meus vizinhos, infelizmente o risco de eu contrair a doença é grande.
Tomara que eles tomem jeito.

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